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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

DIÁRIO DE VIAGEM: BUENOS AIRES PT. II

AE!
Bom, como eu já tinha dito, estou fazendo um diário de viagem de Buenos Aires! Falei sobre nossos dois primeiros dias na Parte I e agora vou falar do resto! Então partiu!

No terceiro dia de viagem estávamos sem programação marcada, então acordamos mais tarde e saímos para bater perna. Fomos até o congresso, de lá para a Avenida de Mayo e seguimos passeando. Paramos no lindíssimo Café Tortone para almoçar, super indico! Não é muito caro, a comida é uma delícia e o lugar é parada obrigatória!





De lá seguimos passeando, fomos até o Palácio Barolo, mas não havia mais visitas monitoradas no dia e lá os passeios são apenas dessa maneira. Fomos então em uma exposição sobre Evita Perón quase do lado e depois fomos ao Teatro Colón. No teatro também não conseguimos pegar a visita guiada então seguimos de metrô até a Livraria El Ateneo. O metrô (subte) de BAs é muuuito fácil de pegar e usamos nos outros dias tranquilamente também.

A livraria é um show a parte! Era um antigo teatro que foi adaptado, então imaginem! Nem surtei, bobeira... Por mim passava o dia inteiro lá! Rsrs. Depois de tudo isso fomos voltando para o hotel e a noite saímos para andar pela Calle Florida e comer pizza. A vida noturna por essa rua é bem agitada e animada! Jantamos em um restaurante indicado pelo recepcionista do hotel chamado ‘El Inmortale’, muito bom!


No sábado, quarto dia, acordamos mais cedo, pois tínhamos um tour pelos outlets marcado. Saímos por volta das 9hrs e começamos passando pelos lugares que vendem couro. Posso falar? Decepção! Se alguém tivesse me avisado antes como seria, eu nem iria. Para começar, não um complexo de lojas, são lugares separados e o guia foi nos levando um a um de carro. Tudo muito caro, os artigos em couro são bem bonitos, mas caros e as peças de promoção de marcas famosas todas HORRÍVEIS! Parece coisa falsificada! Péssima qualidade e só camisetas e uns jeans, bem ruim mesmo! Não indico, sério, é perda de tempo! Nessa zoeira aí foi uma manhã toda!

Depois disso passeamos pela Galerias Pacífico, que é um shopping liiindo que fica na Calle Florida e almoçamos. Depois do almoço voltamos ao Teatro Colón para enfim fazer a visita guiada!
Gente, que lugar mais maravilhoso! É um teatro recente, de 1908 e foi restaurado entre 2005 e 2009, mas vale demais a visita! É lindo e pura ostentação, rsrs. Vale a pena!



Voltamos mais cedo porque tínhamos reservado mesa para uma balada famosa de Buenos, o Asia de Cuba! Reservamos mesa (tem que reservar!) na sexta para irmos no sábado. O Asia é um restaurante e boate, até a meia noite funciona como restaurante e depois a galera tira as mesas e começa uma baladinha. Jantamos lá, e recomendo também! Comida deliciosa com preço justo! E depois ficamos até por volta de 4hrs numa balada bem animada!

No domingo pagamos caro pela balada, rs, quase perdemos a hora para nosso passeio de barco! No fim deu tudo certo e conseguimos ir, rsrs.
O passeio sai de Puerto Madero e vai até Tigre, o caminho é bem lindo e o passeio foi animado! Chegando lá descemos e fizemos o retorno passando pelas cidadezinhas e parando em San Telmo, bairro de BAs que tem aos domingos uma feira de artesanato e antiguidades bem bacana!




Passeamos pela feira, almoçamos por lá e voltamos para o hotel. A noite fomos jantar em um restaurante chamado TGI Fridays, em Puerto Madero, que é tipo um Outback, delícia!

No nosso último dia, segunda, demos só uma andada geral pelo centro, compramos os alfajores para levar pra galera (hehe) e voltamos para o hotel. Nosso vôo saiu as 16hrs!


Bom gente, essa foi minha viagem para Buenos Aires! Espero que vocês tenham gostado do meu ‘diário’ e que minhas dicas ajudem futuros viajantes! ;)

:)

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

FALANDO SOBRE MINHA PROFISSÃO!


OI!

Então, eu já estava com esse post na cabeça há algum tempo. Já mencionei diversas vezes aqui e no canal que sou bibliotecária, aí em alguns vídeos recebi pedidos para falar mais sobre minha formação e minha profissão.
Como os vestibulares estão por aí, achei que seria legal falar um pouco para ajudar quem pensa em prestar algo na área e também para divulgar e explicar um pouco dessa profissão que quase ninguém sabe o que é, de fato.

Vou falar aqui sobre minha formação, primeiro. Falar sobre o curso, como é, o que fiz e o que eu mais gostei. Depois vou falar sobre minha vida depois de formada e o que eu acho da profissão. E por último vou falar onde prestar e colocar alguns links úteis.

Partiu? que o post é grande, rs

*OBS IMPORTANTE: Esse texto é direcionado as pessoas que não sabem do que se trata essa profissão e essa graduação. É um texto simples que explica por cima o curso e a profissão. Não acredito que caibam aqui nomes técnicos e explicações científicas. É apenas uma conversa informal sobre o que eu faço.

1. EU NÃO SOU FORMADA EM BIBLIOTECONOMIA.

Sou formada em Ciências da Informação e Documentação (CID).

- Qual a diferença?
Biblioteconomia forma bibliotecários e é mais focado para essa área. Atualmente o papel do bibliotecário se ~modernizou bastante e o profissional atua em diversos setores, mas acredito que a formação da graduação seja mais específica.

Já em Ciência da Informação (CI), o curso forma profissionais capacitados para trabalhar nos mais diversos ambientes que necessitem de organização informacional (por exemplo: bibliotecas, centros de documentação, arquivos e serviços de informação empresarial).

*É uma formação mais ampla e ideal para quem se interessa em trabalhar com informação no geral, não focada em bibliotecas.

2. POR QUE EU ESCOLHI ESSE CURSO?

Quando comecei a pensar em vestibular, já estava focada na área de humanas, que era minha preferência. Meu sonho era trabalhar com arqueologia, mas devido as dificuldades para achar um curso assim, deixei de lado e comecei a pensar sobre um curso de história.
Minha mãe vendo minha indecisão achou o curso de CID no manual da FUVEST e achou que combinava comigo (e ainda era na minha cidade!). Me mostrou e eu gostei, resolvi prestar e passei.
Hoje vejo que estou no lugar certo e que não teria me dado tão bem em uma faculdade de história, por exemplo.

 3. O QUE PRECISA PARA PRESTAR VESTIBULAR NESSA ÁREA?

Eu acredito que, antes de mais nada, quem tem vontade de entrar nessa área precisa se interessar por organização. Se interessar nas formas que existem para organizar a informação que vemos por aí e ter curiosidade de saber porque isso é feito.

- Gostar muito de ler e amar livros é suficiente para entrar nessa área?
Não. Se você ama ler e adora livros isso não faz de você um bibliotecário ou cientista da informação. Para entrar nessa área, pensando na profissão de bibliotecário, por exemplo, você precisa gostar de indicar leituras, de pensar sobre maneiras de difundir literatura, trazer novos leitores para a biblioteca e de organizar as coisas da melhor maneira possível. Acredito que essas são as ‘primeiras necessidades’, por assim dizer.
Se você ama ler e ama livros e não tem nenhuma das vontades acima, sugiro um curso de estudos literários, por exemplo, aonde você vai se dedicar a isso.

4.  COMO É O CURSO?

Vou falar baseada no curso que eu fiz: Ciências da Informação e Documentação na USP de Ribeirão Preto.
O curso é noturno, com duração de quatro anos. No primeiro ano as disciplinas são mais básicas, como estatística, inglês e o início das matérias que dão uma luz sobre o que é CI.
Após as matérias básicas o curso começa a oferecer as disciplinas que vão ajudar a formar o perfil do cientista da informação perante a sociedade e o início do aprendizado da área mais técnica, que vai ensinar o aluno a classificar, catalogar, resumir e indexar a informação, basicamente ‘tratar’ a informação que está ‘jogada’ por aí.
Mais para o fim existem disciplinas ligadas à metodologia científica, tecnologia, administração e estágio. E No último ano, trabalho de conclusão de curso. Quem quiser olhar a grade completa, ela está disponível aqui.
Posso dizer que minhas matérias preferidas foram as que estavam ligadas à memória, sociedade, cultura e um pouco da formação mais técnica, ligada ao tratamento da informação.

5. COMO FOI MINHA GRADUAÇÃO/O QUE EU FIZ

Durante minha graduação eu me dividi entre as duas áreas possíveis: pesquisa e mercado de trabalho.
Para quem não sabe a universidade (especialmente a pública) incentiva muito os alunos a trabalharem com pesquisa, ou seja, escolher um tema e trazer questões e ideias sobre ele. Essa é a primeira fase para quem um dia deseja ser um professor universitário e pesquisador.

*Muita gente acredita que as palavras ‘pesquisa’ e ‘ciência’ estão ligadas apenas a áreas como biológicas e exatas, que usam laboratórios, por exemplo, mas não. Elas estão ligadas à todos aqueles que se dedicam a pesquisar e estudar a fundo um tema.

Então, voltando, primeiro durante meu curso eu fiz estágio. Ele é obrigatório e na época em que cursei ele era indicado para o 3º ano. Comecei no 2º estagiando voluntariamente no Centro de memória da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Lá eu ajudava na higienização de documentos, livros e fotos que estavam sendo recuperados e documentados.
Após esse estágio, comecei outro voluntariamente. Fui estagiária na Biblioteca Central do campus, que escolhi também como lugar que eu usaria para falar na minha disciplina de estágio. Depois de voluntária, fui contratada como monitora e fiquei pouco mais de meio ano trabalhando por lá.
Foi uma experiência incrível e aprendi muito trabalhando em uma biblioteca de grande porte como aquela. Eu fazia o serviço inicial do tratamento de informação, passei, desde a conferência de encomendas até o aprendizado de classificação e catalogação de obras.

Enquanto eu estava na biblioteca, surgiu uma oportunidade de me dedicar à pesquisa, e como era algo que eu tinha muita vontade, saí da monitoria e fui me dedicar à iniciação científica (IC).
Durante o resto do meu curso me dediquei exclusivamente à pesquisa. Do momento em que comecei a IC percebi que seria isso que eu gostaria de fazer da vida.
Minha pesquisa foi dedicada a estudar colecionadores de livros de Ribeirão Preto e suas particularidades, o que eles tinham de diferente de outros tipos colecionadores. Esse foi também meu TCC.

6. O QUE E FAÇO AGORA

Assim que terminei a graduação eu decidi que não queria abandonar a pesquisa e continuei o caminho para formação acadêmica: prestei mestrado.
Passei e fiz meu mestrado na UNESP, em Marília. Ao mesmo tempo que estudava, tive a oportunidade de trabalhar na montagem e organização de uma biblioteca, então me dividi entre pesquisa e mercado.
Hoje continuo na mesma escola, já com a biblioteca que montei, pronta e estou me preparando para prestar doutorado.
Fui levando a pesquisa e o mercado de trabalho ao mesmo tempo, mas posso dizer que o que eu realmente desejo é a vida acadêmica.

7. COMO EU ME SINTO NA ÁREA E O QUE ACHO

Bom, eu posso dizer que não me vejo fazendo outra coisa. Até meus amigos dizem isso, que nasci para essa área.
Como eu sou extremamente perfeccionista e bastante organizada, tudo isso caiu como uma luva para mim. Eu amo atuar como bibliotecária e acho uma profissão linda. Tive experiência tanto na escolar como na universitária e gosto das duas. Na escolar é bacana ver o poder de um bibliotecário no incentivo da leitura e na formação de um leitor e eu acho isso o máximo.
Na pesquisa eu sou apaixonada pela possibilidade de poder estudar algo e trazer idéias novas para a área. Sou curiosa e acho que isso é fundamental para qualquer pesquisador. Achar algo que te instiga e ter a possibilidade de pesquisar e trazer para o mundo científico coisas sobre isso é minha motivação.
Gosto da possibilidade de ensinar também. Dar aulas e poder passar minhas experiências adiante também é algo que me agrada.


Então é basicamente isso. O curso prepara o aluno para ambas as formações e vai da escolha de cada um decidir o que prefere.
O mercado de trabalho hoje é bom para um cientista da informação. Existem vagas em diversos lugares, atuando em bibliotecas ou centros de documentação.

Meu curso, como é também voltado para a biblioteconomia, oferece essa formação, portanto, posso atuar (e por isso atuo) como bibliotecária. Mas é importante se assegurar antes, pois a profissão exige formação específica e cadastramento em conselho.
Para quem tem curiosidade, o piso salarial da profissão de bibliotecário hoje é R$ 2220,00 para jornada de 40 horas semanais. Aí o cálculo do trabalho varia de acordo com a função exercida e as horas trabalhadas.

Para quem quer mais informações sobre a profissão/curso indico dar uma olhada aqui também:

Lista completa dos cursos de Biblioteconomia no Brasil (com links diretos para as universidades!)

Fora isso estou aberta a quem quiser conversar mais sobre isso ou ainda tiver alguma dúvida!

Espero ter ajudado quem gostaria de saber mais sobre isso e ter conseguido colocar uma luz em quem não faz a menor ideia do que um profissional nessa área faz!


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

DIÁRIO DE VIAGEM: PERU - PARTE VII

AE!
Demorou, mas chegou!


Então que eu tinha dito que faria um post final da viagem! Demroei um pouquinho, mas tá aí! o/

Na verdade resolvi escrever esse post mais para falar sobre as minhas experiências e no fim uma lista final do que não se deve esquecer de levar, já até falei um pouco, mas resolvi retomar.

Bom, essa viagem foi bem marcante para mim, foi a primeira vez que viajei com todos os meus melhores amigos e numa turma grande. É complicado? Não sei, para nós não foi, nós somos amigos da vida toda, então todo mundo se conhece e convive bem, então na minha experiência, foi ótimo
Acho que para quem viaja num grupo com menos amizade, pode ser mais complicado, mas se você tem um grupão assim, recomendo. É muito bom viajar em turma grande, fica bem mais animado e é bem diferentede viajar em dois, três.

O país é um caso à parte. Essa viagem estava nos nossos sonhos há uns dois anos, pelo menos. O Peru é um país sensacional. Você encontra paisagens naturais, história, sítios arquelógicos, uma arquitetura legal nas cidades maiores, floresta, montanha, deserto, enfim, tudo! Foi uma experiência incrível passar por tantas paisagens e lugares um totalmente diferente do outro em tão pouco tempo
Fora toda essa parte 'física', o choque cultural também é algo impressionante. O país é pobre, muito mais do que estamos acostumados a ver no nosso dia a dia, mas as pessoas são muito alegres. Trouxe comigo uma lição de humildade, de parar e pensar um pouco em toda essa loucura de consumismo e valorização das coisas erradas que sufocam a gente na nossa rotina.

Lá eu vi um povo que trabalha, independente da idade, que está sempre na rua tentando garantir o seu. Muito ambulante e pouco mendigo, lá eles aproveitam o turismo e vendem tudo que é possível ser vendido, é engraçado e irritante ao mesmo tempo, rs. Mas posso dizer que trouxe uma bagagem comigo, viagem é bom por isso, a gente conhece pessoas, lugares e tal, mas tem que trazer algo junto, né? 
É bacana gostar de moda, de algumas futilidades e tal, mas acho que isso tem chegado às pessoas como que uma obrigação, é um rolo compressor de 'seja magra', 'seja bonita', 'seja na moda', que quando você percebe já está na neura e totalmente levada por valores que não tem a mínima importância. Para mim essa viagem veio na hora certa, para me dar a oportunidade de enxergar com meus próprios olhos e vivenciar que a vida é muito mais.
'Ah, Gabriela, mas você é tonta, mesmo, hein? É claro que a vida é muito mais...'. É fácil dizer, mas olhe para você mesmo e se pergunte se esse mundo louco do 'must have' não te afeta nenhum pouco. Falar é fácil, mas quando a gente vive mesmo a coisa, quando chega lá e vê que não é só isso é bem diferente é bem mais forte. Eu precisava daquele sustinho.

Eu acho que é bem isso mesmo que eu tenho para dizer. Os meus lugares preferidos eu já disse ao longo dos posts... E isso é bem pessoal também, né? O que eu posso afirmar é que essa é uma viagem que vale muito a pena e é muito enriquecedora. Se algum dia você teve uma leve vontade, .

Falando sobre o que não pode ser esquecido eu fiz uma listinha e vou deixar aqui para vocês:

- Filtro solar
- Protetor labial (é MUITO necessário!)
- Óculos de sol
- Um chapéu (se você não tem compre lá, tem uns bem legais e MUITO baratos...)
- Um casaco corta vento
- Roupas de frio e calor que possam ser usadas juntas (tem lugares que é calor no começo e fica frio depois)
- Uma mochila boa
- Tênis de trekking
- Repelente (se você for no verão, no inverno não tem mosquitos)
- Recomendo sabonete líquido no lugar do em barra pela praticidade
- Segunda pele para os lugares frios (porque deixa a roupa mais leve, não precisa de mil camadas)
- Kit de coisinhas emergenciais: tesoura, fita adesiva, uma linha e agulha, fósforo, essas coisas
- Hidratante corporal (se você for no frio, é bom, a água quente deixa a pele muito ressecada)
- Lenços umedecidos (parece bobo, mas eu levei e usei MUITO! Serve pra tudo, limpa sapato, rosto, ajuda em banheiro zuado, enfim, TUDO!)
- Lenços de papel, papel higiênco, enfim leve muito de tudo isso, nenhum banheiro público lá tem papel, NENHUM.  

Bom acho que é isso, caso em lembre de algo vou atualizando a lista...
Espero que vocês tenham curtido os posts e que eu tenha ajudado quem tem vontade de ir! Qualquer dúvida ou pergunta estou à disposição!
Então chegamos mesmo ao fim agora! Obrigada por me acompanharem nesse diário!

:)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

DIÁRIO DE VIAGEM: PERU - PARTE VI

OI
Demorou muito, mas chegou!
Finalmente a última parte da viagem!


Então vamos falar de Huaraz! Logo depois que voltamos para Cusco (depois de Machu Picchu), passamos a noite na cidade (no mesmo albergue) e no outro dia voltamos de avião para Lima e de lá pegamos um ônibus para Huaraz.

Em Huaraz ficamos no Hostel Akilpo, ele não tem site, mas também foi reservado pelo Hostelworld. Recomendo bastante, a cidade tem várias opções, o que ficamos não era a top, mas a localização era muito boa, bem na avenida principal. A cidade é pequena, mas ficar bem no centro ajudou bastante para sair para comer e para comprar coisas em mercados. O albergue é ok, limpo, confortável e organizado, o staff é ótimo, eles foram muito simpáticos e atenciosos. O único problema é que não tem café da manhã e, por ficar bem na avenida principal, o barulho é meio incômodo.

Falando sobre Huaraz, a cidade não é um destino dos mais famosos, mas vale muito a pena. A cidade em si não tem nada, mas o que interessa mesmo são os arredores. Em volta de Huaraz existem várias opções bacanas de passeios. Todos são trekking/caminhada, são passeios para curtir a vista e a natureza, bem diferente do resto da pegada 'civilizações antigas' do país (mas tem também!), mas que valem tanto a pena quanto.

Nós ficamos cinco dias na cidade e fizemos passeios quase todos os dias. Como eu disse, todos os passeios saem da cidade, no mesmo esquema de Cusco, então você precisa fechar com alguma empresa e combinar os lugares que quer ir. Nós fechamos no próprio albergue, lá eles já ofereciam os esquemas certinhos e explicavam de um jeito bem legal o que compensava mais. 

O primeiro passeio foi o Glaciar Pastoruri que fica no Parque Nacional de Huascarán e é um patrimônio natural da humanidade desde 1985. O lugar também é conhecido por ser a cordilheira branca e fica a 5200 metros de altitude. É um lugar maravilhoso e recomendo a todos que vão para a região não deixar de passar por lá, pois o nevado está sumindo, dizem que em menos de dez anos já não vai existir mais nada. :(
Fomos de ônibus até quase o pico, a partir disso é uma caminhada de uma hora em média até o topo. Já aviso que é uma caminha árdua, a altitude é bem grande e é difícil pela respiração. Como eu já disse nos outros posts, eu fui a que passei mais mal, mas mesmo assim é cansativo, tem que ir com calma. 
Mas vale muito a pena, é um lugar maravilhoso.












Depois do Pastoruri, no outro dia fomos até Chavín. Primeiro no museu, depois no sítio arqueológico. Chavín era uma civilização pré inca e é uma das mais antigas de toda a América Latina. Ele dominaram de um jeito bem impressionante várias técnicas de construção, manufatura e decoração. As 'cabezas clavas', por exemplo, que estão no museu dedicado à civilização são as peças mais famosas de Chavín, e tem toda uma história de proteção e adoração bem bacanas sobre.
Vale muito a pena conhecer.



















Nosso último passeio foi para a Lagoa Chinancocha, queríamos muito ter feito outros como a Lagoa 69, mas o cansaço estava absurdo já e preferimos esse que era mais light. 
Depois da Lagoa o ônibus passou em outros pontos, mas eu passei mal durante a viagem e não pude acompanhar, minha pressão despencou e precisei ficar no ônibus o resto do dia...










Bom então esse foi nosso passeio a Huaraz. Eu recomendo muito, foi uma passagem muito legal da viagem e eu adorei. A cidade por ser menor foi mais fácil de passear e sentir mais a ambiente, é um lugar bem diferente do que estamos habituados. O pessoal tem feiras livres onde se vende de tudo, de celular a frango vivo/morto. Tudo, MESMO. Foi bacana para entrar em contato com uma cultura e hábitos totalmente diferente do que estamos acostumados, muito legal, mesmo.

O único problema foi que, como essa foi a última parte da viagem, já estávamos todos muito acabados, então não aproveitamos como gostaríamos, mas ainda assim, foi ótimo.
De Huaraz voltamos para Lima e de lá para São Paulo. E então fim! :(

Espero que vocês tenham gostado do meu relato/diário. Essa foi a última parte sobre os lugares, mas eu vou fazer mais uma última com as minhas impressões gerais do país, o que eu mais curti, o que ninguém pode esquecer de levar e mais algumas dicas que acho bacana. Aí sim vai acabar.

Então atá a próxima, e realmente última, parte! 
:)

terça-feira, 12 de agosto de 2014

DIÁRIO DE VIAGEM: PERU - PARTE V

AE!
Já estou quaaase chegando ao fim do meu diário! todos chora
Mas então vamos lá que essa é uma parte ~importante!


Muitas coisas para se falar sobre Machu Picchu!
Então, depois dos últimos passeios em Cusco, no domingo, pegamos o trem para Aguas Calientes (ou Machu Picchu Pueblo). As passagens foram compradas aqui no Brasil, pela Peru Rail e preciso falar sobre isso. 
Depois de procurarmos bastante chegamos a conclusão de que seria melhor comprar tudo daqui. As passagens de trem e os ingressos para Machu Picchu e Huayna Picchu (a montanha que fica atrás!). Já tínhamos decidido que iríamos subir a montanha e, como são permitidas apenas 400 pessoas por dia lá, achamos melhor comprar com antecedência.

Estávamos certos sobre Huayna Picchu, para quem quer subir o certo é mesmo comprar antes, mas o trem não. Existem vários pacotes nas agências que falei em Cusco, e a maioria sai mais barato. Compensa, se você tiver o desprendimento e não se importar de ir atrás, deixar e comprar lá.

Em Aguas Calientes ficamos hospedados no Hostal Pakarina. É um bom lugar, mas está em reforma, então foi um pouco incômodo. Recomendo a quem for agora procurar outro lugar (tem muitos lá!), mas quando a reforma acabar, recomendo ele, porque vai ficar bem bom!
Aproveitando, já vou falar sobre a 'cidade'. Chegamos no domingo para ir a Machu Picchu na segunda (tem que sair cedinho!), então no domingo apenas passeamos pela cidade e fomos assistir à final da copa
O lugar tem muitas opções de restaurantes, por isso procure bastente e barganhe. Alias, barganhe tudo porque Aguas Calientes é caro, MUITO CARO. Quando chegamos fiquei assustada com o nível de exploração, imaginei que seria mais caro, pois o lugar é o ponto mais visitado do país, mas gente, é muiiiiiito pior do que eu imaginei, é quase uma ofensa, sério.
Depois de almoçar e ver o jogo, fomos comprar a passagem de ônibus que leva da cidade até Machu Picchu. Só existe uma opção, ou você vai com o ônibus oficial, ou a pé. A pé deve ser uma média de 2hrs a 3hrs de caminhada e muita subida, então pra já chegar até o parque cansado, para nós, não rolava, pois ainda subiríamos Huayna Picchu. Chegando lá para comprar a passagem, outra surpresa, ela custa rídiculos $53,00 soles, isso mesmo, $53,00 para andar nem vinte minutos num ônibus. É absurdo e não tem como escapar.
Fui pega totalmente de surpresa, pois não havíamos visto em lugar nenhum esse valor e eu acreditei que seria beeem menos. Fora isso se prepare para, uma água que costuma custar $1 sole, você pagar $6. É por aí.

Enfim, já na segunda que iríamos, acordamos por volta de cinco da manhã, para chegar antes das seis no ponto do ônibus. Fizemos um bom café e levamos lanches para o almoço, para não depender dos restaurantes locais (IMAGINA O PREÇO!) e também porque o pessoal do hostel nos ofereceu os lanchinhos já prontos. Chegando no ponto, outra surpresa, a fila estava absurda já pouco antes das seis da manhã. Ficamos meio tensos, pois nossa hora de subida à Huayna Picchu era das 7hrs às 8hrs, mas deu tudo certo. Demorou um pouco, mas nem tanto.
Em Machu Picchu é proibida a entrada com comidas, então tivemos que guardar os lanches em um gurda-volumes e entrar, depois sair para comer e voltar. É tranquilo, mas chatinho, não sei se, se os lanches estivessem bem escondidos passariam e não sei se é possível almoçar lá dentro de boa. 

Assim que entramos já corremos para o local de subida de Huayna Picchu. Havia uma pequena fila que passamos rápido e começamos a subir.
Preciso dizer que eu estava mais empolgada com a montanha do que com a cidade inca, e não é pra menos, esse é um senhor desafio para quem, assim como eu, nunca havia feito nada parecido.
Então sobre Huayna Picchu, nós já tínhamos visto vários vídeos e relatos de uma galera que foi e todos passavam o maior medo e faziam muito terrorismo. Todo mundo estava meio tenso e não sabíamos se iríamos dar conta. 
No final chegamos até o topo, sim! O povo exagera demais e o que eu tenho para falar da subida é: é difícil, sim, mas está longe de ser impossível. É bastante cansativo, mas se você for parando, dá para fazer. Leve água, chocolates, barrinhas, frutas, essas coisas e vá comendo durante a subida, mas não precisa levar um mundo de coisas. E veja bem, estou falando tudo isso e do meu grupo fui a que mais sofri! Fiquei mais para trás e parei bastante, pois tive problemas com a altitude e respiração, mas mesmo assim consegui e não foi tão difícil assim.
Vale muito a pena e para quem tem ânimo e vontade, recomendo muito! A vista é maravilhosa e a sensação de superar limites é sensacional. Acho que posso dizer que gostei mais de subir Huayna Picchu do que de Macchu Picchu em si. É uma experiência que tenho certeza que sempre vou levar comigo, e aquela sensação de olhar a montanha depois e falar: eu subi aquilo! É foda.
A descida é mais difícil que a subida, é complicado e você precisa ter muita atenção no caminho. As escadas são bem estreitas, então tem perigo de escorregar e tal, mas com cuidado e atenção, dá para ir bem.












Depois da montanha fomos almoçar. Como já disse, saímos, sentamos em um cantinho e comemos. 
Depois voltamos para dentro e fomos andar por Machu Picchu. A área do parque é bem grande e tem bastante coisas para ver. Demoramos mais umas três horas visitando tudo.
Pensamos em contratar um guia, para ir explicando cada coisa, falar sobre detalhes e tals, porque é interessante e você aproveita bem mais a visita, mas é impossível. Eles cobram muito caro (cerca de $25 soles/pessoa), aí fica sem condições. Então ficamos sozinhos, mesmo.
Não há muito o que se dizer de Machu Picchu, é aquilo que se vê nas fotos, só que mais bonito. Não é uma contrução tão antiga, é do século XV e eu, particularmente, fiquei um pouco decepcionada com o nível de restauro
Hoje Machu Picchu tem apenas 30% de construções originais, todo o resto é restauro. é bem bonito de se ver, mas eu achei que fica um pouco falso. Eu prefiro mais as coisas em estilo de ruína, como é Caral, por exemplo. O lugar também é muito lotado, então aquela vibe que falam, o astral do lugar, as ~enegias, são um pouco ilusórias. Pelo menos eu achei. Não consegui sentir tudo isso em um lugar lotado de gente falando, enfiando a camêra em todos os buracos e passando na sua frente, mas sei lá, pode ser comigo.
Mas é bem lindo, sim.











No final das contas o que eu acho: claro que é um lugar que você deve conhecer. Não dá para ir ao Peru e não conhecer Machu Picchu, mas não vá esperando muito. Eu me decepcionei, primeiro com a cidade cara, e a exploração e depois com esse lugar lotado e todo restaurado.
Não quero parecer pedante, nem hipster das ruínas, muito pelo contrário. É só porque as pessoas falam tanto, colocam o lugar tão lá em cima, que é chato chegar e ver que não é bem aquele conto de fadas, sabe? Acho que se eu tivesse ido com as expectativas mais baixas, teria gostado muito mais!
Sei que é um relato um pouco diferente do que as pessoas dizem por aí, mas foi minha opinião. Se fosse para eu escolher um lugar bem foda do país, por exemplo, escolheria Caral a Machu Pìcchu, sem dúvidas.

Enfim, depois de saírmos do parque, voltamos para Aguas Calientes, comemos em um restaurante e já fomos para a estação. Voltamos no mesmo dia para Cusco, onde dormimos mais uma noite e voltamos para Lima no dia seguinte. De Lima seguimos no mesmo dia para Huaraz, então essa é a próxima, e última parte do meu diário!

Espero que vocês estejam curtindo e que ninguém me mate pelo relato de hoje, rs.
Ah, resolvi fazer um Flickr e lá coloquei muuitas fotos da viagem, quem quiser me acompanhe por lá também!

:)