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quinta-feira, 12 de março de 2015

DIA DO BIBLIOTECÁRIO!

AEAE!
HOJE É DIA DO BIBLIOTECÁRIO!

Para comemorar eu resolvi homenagear meus colegas de profissão fazendo uma lista dos 5 bibliotecários mais legais da ficção (na minha opinião! rs)
Tem filme, tem livro, tem HQ, tem tudo! E é bacana para vermos o quanto esse profissional está inserido na vida de todos e muitas vezes passam ‘batido’.
Vamos lá!

- Barbara Gordon, aka Batgirl:


AHA! Quem aí sabia que a Batgirl é bibliotecária? Pois é, essa é a profissão do dia a dia de Barbara Gordon!

- Evelyn Carnahan:


Quem não conhece a bibliotecária charmosa de ‘A múmia’? E que bibliotecária/o não quis que a profissão fosse realmente assim! Haha

- Madame Pince:


A dona de um dos cargos mais desejados pelos profissionais da áreas que são fãs de fantasia: Bibliotecária de Hogwarts! Já que não deu pra estudar, quem sabe rola um trabalhinho por lá?

- Bibliotecária de ‘Universidade Monstros’ da Disney:


Admitam colegas de profissão, quem nunca quis uns tentáculos daqueles? Ajudariam muito com certos usuários... rsrs

- Lucien, de Neil Gaiman:


Neil Gaiman vive falando por aí de sua admiração para com os profissionais dessa área. Para não deixar passar batido ele criou seu personagem Lucien, que cuida de uma biblioteca de livros nunca escritos!

- Jorge de Burgos, de Umberto Eco:



Não poderia faltar aqui um bibliotecário do mal! Jorge é contra o riso, contra curiosidade e mais uma infinidade de coisas! Conservador ao máximo não mediu esforços para seus objetivos... Tenso!

E aí o que acharam da minha lista? Quais os bibliotecários favortitos de vocês?

:)


Conheça meu conto!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

FALANDO SOBRE MINHA PROFISSÃO!


OI!

Então, eu já estava com esse post na cabeça há algum tempo. Já mencionei diversas vezes aqui e no canal que sou bibliotecária, aí em alguns vídeos recebi pedidos para falar mais sobre minha formação e minha profissão.
Como os vestibulares estão por aí, achei que seria legal falar um pouco para ajudar quem pensa em prestar algo na área e também para divulgar e explicar um pouco dessa profissão que quase ninguém sabe o que é, de fato.

Vou falar aqui sobre minha formação, primeiro. Falar sobre o curso, como é, o que fiz e o que eu mais gostei. Depois vou falar sobre minha vida depois de formada e o que eu acho da profissão. E por último vou falar onde prestar e colocar alguns links úteis.

Partiu? que o post é grande, rs

*OBS IMPORTANTE: Esse texto é direcionado as pessoas que não sabem do que se trata essa profissão e essa graduação. É um texto simples que explica por cima o curso e a profissão. Não acredito que caibam aqui nomes técnicos e explicações científicas. É apenas uma conversa informal sobre o que eu faço.

1. EU NÃO SOU FORMADA EM BIBLIOTECONOMIA.

Sou formada em Ciências da Informação e Documentação (CID).

- Qual a diferença?
Biblioteconomia forma bibliotecários e é mais focado para essa área. Atualmente o papel do bibliotecário se ~modernizou bastante e o profissional atua em diversos setores, mas acredito que a formação da graduação seja mais específica.

Já em Ciência da Informação (CI), o curso forma profissionais capacitados para trabalhar nos mais diversos ambientes que necessitem de organização informacional (por exemplo: bibliotecas, centros de documentação, arquivos e serviços de informação empresarial).

*É uma formação mais ampla e ideal para quem se interessa em trabalhar com informação no geral, não focada em bibliotecas.

2. POR QUE EU ESCOLHI ESSE CURSO?

Quando comecei a pensar em vestibular, já estava focada na área de humanas, que era minha preferência. Meu sonho era trabalhar com arqueologia, mas devido as dificuldades para achar um curso assim, deixei de lado e comecei a pensar sobre um curso de história.
Minha mãe vendo minha indecisão achou o curso de CID no manual da FUVEST e achou que combinava comigo (e ainda era na minha cidade!). Me mostrou e eu gostei, resolvi prestar e passei.
Hoje vejo que estou no lugar certo e que não teria me dado tão bem em uma faculdade de história, por exemplo.

 3. O QUE PRECISA PARA PRESTAR VESTIBULAR NESSA ÁREA?

Eu acredito que, antes de mais nada, quem tem vontade de entrar nessa área precisa se interessar por organização. Se interessar nas formas que existem para organizar a informação que vemos por aí e ter curiosidade de saber porque isso é feito.

- Gostar muito de ler e amar livros é suficiente para entrar nessa área?
Não. Se você ama ler e adora livros isso não faz de você um bibliotecário ou cientista da informação. Para entrar nessa área, pensando na profissão de bibliotecário, por exemplo, você precisa gostar de indicar leituras, de pensar sobre maneiras de difundir literatura, trazer novos leitores para a biblioteca e de organizar as coisas da melhor maneira possível. Acredito que essas são as ‘primeiras necessidades’, por assim dizer.
Se você ama ler e ama livros e não tem nenhuma das vontades acima, sugiro um curso de estudos literários, por exemplo, aonde você vai se dedicar a isso.

4.  COMO É O CURSO?

Vou falar baseada no curso que eu fiz: Ciências da Informação e Documentação na USP de Ribeirão Preto.
O curso é noturno, com duração de quatro anos. No primeiro ano as disciplinas são mais básicas, como estatística, inglês e o início das matérias que dão uma luz sobre o que é CI.
Após as matérias básicas o curso começa a oferecer as disciplinas que vão ajudar a formar o perfil do cientista da informação perante a sociedade e o início do aprendizado da área mais técnica, que vai ensinar o aluno a classificar, catalogar, resumir e indexar a informação, basicamente ‘tratar’ a informação que está ‘jogada’ por aí.
Mais para o fim existem disciplinas ligadas à metodologia científica, tecnologia, administração e estágio. E No último ano, trabalho de conclusão de curso. Quem quiser olhar a grade completa, ela está disponível aqui.
Posso dizer que minhas matérias preferidas foram as que estavam ligadas à memória, sociedade, cultura e um pouco da formação mais técnica, ligada ao tratamento da informação.

5. COMO FOI MINHA GRADUAÇÃO/O QUE EU FIZ

Durante minha graduação eu me dividi entre as duas áreas possíveis: pesquisa e mercado de trabalho.
Para quem não sabe a universidade (especialmente a pública) incentiva muito os alunos a trabalharem com pesquisa, ou seja, escolher um tema e trazer questões e ideias sobre ele. Essa é a primeira fase para quem um dia deseja ser um professor universitário e pesquisador.

*Muita gente acredita que as palavras ‘pesquisa’ e ‘ciência’ estão ligadas apenas a áreas como biológicas e exatas, que usam laboratórios, por exemplo, mas não. Elas estão ligadas à todos aqueles que se dedicam a pesquisar e estudar a fundo um tema.

Então, voltando, primeiro durante meu curso eu fiz estágio. Ele é obrigatório e na época em que cursei ele era indicado para o 3º ano. Comecei no 2º estagiando voluntariamente no Centro de memória da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Lá eu ajudava na higienização de documentos, livros e fotos que estavam sendo recuperados e documentados.
Após esse estágio, comecei outro voluntariamente. Fui estagiária na Biblioteca Central do campus, que escolhi também como lugar que eu usaria para falar na minha disciplina de estágio. Depois de voluntária, fui contratada como monitora e fiquei pouco mais de meio ano trabalhando por lá.
Foi uma experiência incrível e aprendi muito trabalhando em uma biblioteca de grande porte como aquela. Eu fazia o serviço inicial do tratamento de informação, passei, desde a conferência de encomendas até o aprendizado de classificação e catalogação de obras.

Enquanto eu estava na biblioteca, surgiu uma oportunidade de me dedicar à pesquisa, e como era algo que eu tinha muita vontade, saí da monitoria e fui me dedicar à iniciação científica (IC).
Durante o resto do meu curso me dediquei exclusivamente à pesquisa. Do momento em que comecei a IC percebi que seria isso que eu gostaria de fazer da vida.
Minha pesquisa foi dedicada a estudar colecionadores de livros de Ribeirão Preto e suas particularidades, o que eles tinham de diferente de outros tipos colecionadores. Esse foi também meu TCC.

6. O QUE E FAÇO AGORA

Assim que terminei a graduação eu decidi que não queria abandonar a pesquisa e continuei o caminho para formação acadêmica: prestei mestrado.
Passei e fiz meu mestrado na UNESP, em Marília. Ao mesmo tempo que estudava, tive a oportunidade de trabalhar na montagem e organização de uma biblioteca, então me dividi entre pesquisa e mercado.
Hoje continuo na mesma escola, já com a biblioteca que montei, pronta e estou me preparando para prestar doutorado.
Fui levando a pesquisa e o mercado de trabalho ao mesmo tempo, mas posso dizer que o que eu realmente desejo é a vida acadêmica.

7. COMO EU ME SINTO NA ÁREA E O QUE ACHO

Bom, eu posso dizer que não me vejo fazendo outra coisa. Até meus amigos dizem isso, que nasci para essa área.
Como eu sou extremamente perfeccionista e bastante organizada, tudo isso caiu como uma luva para mim. Eu amo atuar como bibliotecária e acho uma profissão linda. Tive experiência tanto na escolar como na universitária e gosto das duas. Na escolar é bacana ver o poder de um bibliotecário no incentivo da leitura e na formação de um leitor e eu acho isso o máximo.
Na pesquisa eu sou apaixonada pela possibilidade de poder estudar algo e trazer idéias novas para a área. Sou curiosa e acho que isso é fundamental para qualquer pesquisador. Achar algo que te instiga e ter a possibilidade de pesquisar e trazer para o mundo científico coisas sobre isso é minha motivação.
Gosto da possibilidade de ensinar também. Dar aulas e poder passar minhas experiências adiante também é algo que me agrada.


Então é basicamente isso. O curso prepara o aluno para ambas as formações e vai da escolha de cada um decidir o que prefere.
O mercado de trabalho hoje é bom para um cientista da informação. Existem vagas em diversos lugares, atuando em bibliotecas ou centros de documentação.

Meu curso, como é também voltado para a biblioteconomia, oferece essa formação, portanto, posso atuar (e por isso atuo) como bibliotecária. Mas é importante se assegurar antes, pois a profissão exige formação específica e cadastramento em conselho.
Para quem tem curiosidade, o piso salarial da profissão de bibliotecário hoje é R$ 2220,00 para jornada de 40 horas semanais. Aí o cálculo do trabalho varia de acordo com a função exercida e as horas trabalhadas.

Para quem quer mais informações sobre a profissão/curso indico dar uma olhada aqui também:

Lista completa dos cursos de Biblioteconomia no Brasil (com links diretos para as universidades!)

Fora isso estou aberta a quem quiser conversar mais sobre isso ou ainda tiver alguma dúvida!

Espero ter ajudado quem gostaria de saber mais sobre isso e ter conseguido colocar uma luz em quem não faz a menor ideia do que um profissional nessa área faz!


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A VIDA, O UNIVERSO E TUDO MAIS #1: AS BIBLIOTECAS VÃO MORRER?

OI!
Então, há um tempo atrás eu disse que ia trazer algumas postagens diferentes para o blog, lembram? Entre elas estava essa tag de conteúdo mais pessoal, para eu falar um pouco sobre tudo...

Enfim, o motivo do primeiro post da tag é o seguinte: Eu estava hoje passeando pelo Facebook do ultiminho (curte a página!) e me deparei com um post super bacana da Editora Rocco (eu até compartilhei), mostrando algumas bibliotecas feitas de Lego. Nesse post bacana tinha um comentário de um cara dizendo que achava que sua filha não veria bibliotecas vivas quando crescesse. Na hora falei: 'é aquela velha história de que ninguém mais precisa de bibliotecas, que saco...'. Aí pensando melhor, resolvi vir aqui falar sobre o que penso.

Eu como bibliotecária formada já me deparei diversas vezes com esse assunto e discussão e até hoje minha opinião é a mesma: NÃO, as bibliotecas não vão acabar. Não digo isso apenas porque quero salvar minha pele e estou 'protegendo' minha profissão, digo isso com base no que vejo.

Trabalho em uma biblioteca escolar de um colégio particular. Antes de chegar lá não havia biblioteca alguma, ou seja ninguém tinha onde pegar livros, ou seja, esse hábito era inexistente dentro do colégio.
Montei e organizei sozinha a biblioteca e, com um acervo ainda pequeno e humilde, abrimos para os alunos. 
É claro que não foi de um dia para o outro, mas em poucos meses eu já tinha um público fiel e as perspectivas de aumento eram grandes.

Com o crescimento dos meus leitores a biblioteca cresceu junto. Compramos mais livros, dobramos os títulos mais pedidos e assim foi. Tudo isso para dizer que hoje, dois anos depois, tenho 874 alunos cadastrados e no período de março a junho desse ano 1521 livros foram empresados.
Para uma escola relativamente pequena eu acredito que esse seja um número bom. E pretendo que ele melhore durante o segundo semestre.

Então aí está o que eu quero dizer. Não acredito que as bibliotecas irão morrer, eu vejo procura aqui onde eu trabalho e acredito que, com um bom trabalho de um bibliotecário, sempre vai haver procura.
Sei que os livros estão cada vez mais acessíves ao público em geral. Pela internet é possível comprar os livros 'do momento' e os lançamentos por no máximo trinta reais. Mas veja bem, isso facilita para as bibliotecas também! Esse acesso aberto ajuda o orçamento que antes comprava três livros por R$150,00 a comprar cinco, seis... E assim deixar o acervo cada vez mais atrativo e rico.
Em casa existem os problemas de espaço, de limpeza, acumulação e de dinheiro também, não dá para ter tudo. Agora na biblioteca não, ela é feita para isso! Então se as pessoas sabem que ali irão encontrar o que estão com vontade de ler, tenho certeza que a procura e a atividade só tendem a aumentar.

Sei que as bibliotecas públicas não tem as mesmas possibilidades que uma escolar privada, mas a facilidade do acesso está aí para todos e aumenta cada vez mais, assim, eu acredito em um futuro com bibliotecas lotadas de gente.
Eu faço o que posso para mudar essa visão de 'biblioteca é coisa velha' e vejo meus colegas de profissão fazendo o mesmo. Acredito em um futuro com bibliotecas muito legais e vejo que a cara da profissão está mudando cada vez mais.

Não acredite que as bibliotecas irão acabar, elas estão aí para trazer não só livros, mas experiências, amizades e a possibilidade de descobrir um universo inteiro dentro de um só lugar. 

Aproveitando ainda meu desabafo/relato, para provar que tudo o que digo é verdade tenho recebido vários pedidos para falar mais sobre a minha profissão em um vídeo no canal. Depois de pensar um pouco sobre isso, decidi que SIM! Vou falar sobre a vida bibliotecária. Então mais para o fim do mês esperem por um vídeo falando sobre minha graduação, meu curso e meu trabalho!

Espero que eu tenha conseguido mudar o pensamento daqueles que acreditam que as biblios estão fadadas ao esquecimento com esse textinho e que, de agora em diante, todos digam o quanto uma biblioteca é importante, não que elas são ultrapassadas.




É basicamente isso!

:)