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quinta-feira, 28 de maio de 2015

SOBRE A FEIRA DO LIVRO DE RIBEIRÃO 2015

Hoje peguei a programação da Feira do Livro de Ribeirão para ler. Vi várias pessoas elogiando e fui ver de perto o que teria esse ano. O resultado? Figurões da política, empresários, diretores, pessoas que a real população nunca ouviu falar e não tem uma gota de identificação. Sobre o que eles irão falar? Gostaria de saber também. As descrições dos salões de ideias trazem apenas ‘doutor nisso, empresário, dono daquilo, diretor por tantos anos, publicou tantos livros, tem pós graduação, é formado em’, ok, E SOBRE O QUE ELES VÃO FALAR? Mistério.

As poucas atividades com descrição falam de educação, escolas, consumo de água, empreendedorismo, política, comportamento... E LIVROS? Muito pouco.

A programação é voltada para nichos absurdamente específicos, é estreita e reservada. Quase tudo voltado para um público adulto, quando não, voltado para os jovens acharem que a feira do livro é descolada e vai falar de hip-hop e grafite (NADA contra, mas é pouco, não?), todo ano a mesma coisa. Programação infantil? Só teatro e uma brinquedoteca.

Literatura jovem? Não tem. Jovens autores nacionais? HAHA, nem sinal. Inovações? Grupos de leitura para descobrir um livro novo, salão de idéias com jovens para falar de best sellers, atividades sobre incentivo, falar de bibliotecas, acessibilidade à leitura, falar de disseminação, incentivar novos autores, não tem. Nada disso tem. Tecnologia ligada a leitura, booktubers, grupos que criam fanfic, bate papo sobre cultura pop e nerd, histórias em quadrinhos, AH que sonho seria! Mas não tem.
Levamos uma proposta desse tipo para feira. Nosso encontro que acontecerá na Livraria da Travessa dia 27/06, com a parceria de nove editoras, era para acontecer lá, em um espaço público, aberto, mas não. Nos disseram que não cabia na programação. :)

A feira que poderia lançar um jovem autor no mercado em parceria com alguma editora faz algo assim? Não. Fez um concurso cultural que dá tablet de prêmio.
Tem gente famosa? Tem sim. Pedro Bandeira, que já deve ter uma casa em Ribeirão de tanto que vem pra cá (Pedro amo você, não entenda mal, só queremos diversidade). Tem Gregório Duvivier, que todo mundo vai achar que vai fazer piada e falar de porta dos fundos (igual foi com Marcelo Tas, lembram?). E por aí vai.

Tem coisa boa? Tem sim, eu gostei de algumas coisas. Tem Fábio Moon e Gabriel Bá, que já é uma revolução, mas é pouco, é muito pouco. Eu gostaria de ir nas atividades que me interessei, pena que elas acontecem de segunda a quinta em horário comercial e pena que não vai rolar matar o trabalho. Programação voltada para adultos em horário comercial, muito inteligente.
Resumindo: tenho 26 anos, amo ler, faço disso parte fundamental da minha vida, escrevo sobre, trabalho com isso e não me identifiquei com quase nada que uma das maiores feiras do livro do país trouxe. o/

Eu vou quando puder, claro que sim. Eu sempre vou. Eu só queria expressar minhas opiniões.

Vamos você também, ver o livro na promoção de R$50 por R$48 ;)

#oultimojuro
:)


Conheça meu conto!

terça-feira, 19 de maio de 2015

SOBRE FELICIDADE E RELACIONAMENTOS

Frequentemente eu vejo esses textos ‘motivacionais’ falando sobre relacionamentos, sobre superar pessoas, sobre não se apegar a ninguém e coisas do tipo. Quando não é assim são perfis, instagrams, e blogs mostrando a vida maravilhosa de alguns casais, coisas tipo conto de fadas, mesmo, sabe? A vida perfeita que só eu e meu amor temos. Preguiça.
Então que eu em um surto resolvi vir aqui desabafar. Nada a ver com livros, resenhas e nerdices. É vida mesmo. E o espaço é meu, então falo do que quiser, rere.

Queria saber onde nesse mundo ficam as pessoas normais. Os relacionamentos que tem seus problemas, como tudo na vida, e que são felizes. Poxa, eu brigo com meu irmão, com minha mãe, não vou brigar com meu parceiro!? As pessoas são diferentes, conflitos sempre existirão.

A gente vive em um mundo tão vitrine, como isso cansa! As pessoas querem vender sua felicidade a todo custo, querem mostrar a perfeição de suas vidas de qualquer maneira, que chatisse!
Acho uma piada esses casais que a todo momento postam fotos de tudo e se comentam em qualquer coisa. Tem foto no perfil de um, o outro já corre lá: ‘Ai linda, amor da minha vida, tudo agora faz sentido!’. ZZZZZZZZZZZ. Tipo marcação de território, MESMO.

Ou então um que fica o tempo todo no mural do outro: ‘Fondue com vinho hoje para aproveitar o friozinho?’, ‘Quero ver um filme com você’, ‘Quero comprar uma cortina xadrez pra casa’. E O MUNDO COM ISSO!?
Cara, existe telefone, WhatsApp, mensagem privada do Facebook, DM no Twitter, Skype, SMS, Email, Instagram direct, OU SEJA, uma infinidade de coisas e meios para você se comunicar EXCLUSIVAMENTE com a pessoa que você quer falar. Qual a necessidade de falar no ambiente virtual público? Além da oportunidade de todos verem?

Entendem onde quero chegar?

O diálogo do casal passa a ser para os outros, não para eles. É intencional, é propaganda.
É muito mais rápido você pegar seu celular e digitar uma mensagem. Mas não, você pode ir no seu facebook, abrir a página da pessoa e ir no mural deixar um recado inútil, por que não?
TIPO, OI!?

Pode parecer que ando meio amarga. Mas cheguei no cúmulo de me perguntarem se eu estava em um relacionamento porque eu não postava fotos com ninguém! OU SEJA, se você não faz marketing da vida, ela não acontece. Que piada, minha gente.
Minhas redes sociais já são lotadas o tempo todo. Eu posto selfie, posto livro, posto boardgame, posto fotos que acho que ficaram bacanas, posto algumas viagens que faço, MAS NÃO, o que reparam é que NÃO POSTO foto casal.
WTF!?

Acho que aquele bragging saudável é bem ok. Todo mundo gosta de compatilhar momentos, é normal. Mas dentro de um limite, né?

Isso porque não cheguei no ponto dos casais que tretam porque um não tem foto do outro, não comenta e tals. Mas ai vou deixar queto, porque esse nível de mesquinharia já vai além dos limites que valem a pena ser comentados.
O mesmo para casais que usam só um facebook ou compatilham senhas. Virou uma instituição única, né? Não são mais duas pessoas diferentes. Patético.

No fim das contas, posso contar nos dedos quantos casais bacanas que conheço. Que levam a vida suave, que são da zoeira, que são agradáveis e mais importante de tudo, que são INDEPENDENTES. O mundo anda meio tosco e as pessoas sem noção...

Ando meio revolts com o mundo, então pode ser que textos como esse apareçam mais aqui no blog. Sobre os mais variados temas. Estou lendo 'Fahrenheit 451' e ele me inspirou. Ando numa fase meio 'como não levar uma vida pobre de espírito'. rsrs. 

#oultimojuro
:)


Conheça meu conto!

sábado, 27 de setembro de 2014

A VIDA, O UNIVERSO E TUDO MAIS: O MUNDO TÁ DIMINUINDO?

OI!
Esses dias o blog anda beem parado, mas o momento chegou e eu começo na terça a fazer as provas de processo seletivo de doutorado (tenso), então já bate aquela ansiedade e vontade de não fazer nada... Mas mesmo assim vou me esforçar para não deixar isso aqui totalmente abandonado, rs.

Hoje vim escrever sobre algo que tenho visto há um tempo, mas que agora realmente me incomodou e me deu um clique para vir aqui falar: como, mesmo com tantas possibilidades as pessoas só leem as mesmas coisas.

Antes de me chamarem de chata, vou explicar. Estou fazendo o 'Picture challenge: Books' no meu Instagram e na fã page do blog e sempre fico de olho nas postagens de outras pessoas que também estão no desafio. Resultado? Uma onda de postagens iguais, até parece que é apenas uma pessoa fazendo o desafio...
Depois dessa decepção vi essa matéria aqui, que um amigo me mandou e aí a tristeza foi completa. Quem não quiser ler, ok, fala basicamente de um escritor brasileiro que tem mais de 1500 livros escritos e que estava no esquecimento. Agora ele criou um perfil no face e várias pessoas estão entrando em contato e tals, então ele meio que voltou a ativa. O que mais me deixou triste, na verdade, foi ele dizer que a maioria dos seus livros tiveram que ser publicados com pseudonimos estrangeiros, porque as esditoras diziam que 'nome nacional não vende'. Ele chegou a inventar até nome de tradutor! Triste...

Então ligo tudo: o mundo anda com tantas possibilidades, tantos meios para as pessoas lerem mais, descobrirem mais, inovarem mais. Os livros estão muuuito mais acessíveis e mesmo assim entro nos blogs de livros, nos Instagrans e vlogs e só vejo: John Green, Instrumentos mortais, Jogos vorazes, Harry Potter, Divergente, romances que estão no cinema... Tipo, tudo igual, sabe? As pessoas ficam fixadas em determinadas obras e não abrem os olhos para o mundo imenso que existe e está ao nosso alcance!

Vejo muita gente postando aqueles quotes dizendo que lêem mais de uma vez o mesmo livro, ou então pessoas que tem mil edições da mesma obra e só vejo desperdício! Com tanta coisa nova e legal por aí, as pessoas continuam tão presas!
Sabe o que eu sinto? O mundo cresce, duplica, triplica a variedade, mas as pessoas continuam querendo que ele seja minúsculo!

Acho também que isso vai tão contra o propósito do livro em si, o livro abre nossa visão de mundo, trás experiências novas, te leva para outros universos, enfim, é uma ferramenta de criatividade, cultura, saber. E as pessoas ficam se restringindo às mesmas coisas! Como o livro vai conseguir ser tudo isso se todo mundo só lê a mesma coisa? Não tem troca, sabe? Não tem 'eu li isso achei bacana, e você?'. É disso que sinto falta.

Vou deixar claro que não tenho nenhum problema com os livros que citei. Escolhi como exemplo, apenas, porque como todo mundo sabe é o que mais tem sido lido por aí, mesmo... Não tenho nada contra best-sellers, seria hipocrisia minha dizer algo contra, porque eu mesma leio e muito. Mas mesmo entre eles tem várias coisas muito bacanas que ficam na sombra desses. E por favor, não venham dizer que se eles são famosos é porque são os melhores, hein? Todo mundo sabe que não bem assim... 
Então o que eu tenho para dizer é: experimentem outras coisas! Peguem um livro que ninguém comentou nada, que você não sabe do que se trata, com certeza vai ser uma nova experiência!

O mundo é muito grande e a vida é muito curta para ficarmos nos restringindo! ;)

:)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A VIDA, O UNIVERSO E TUDO MAIS: TEMA DO ROTAROOTS, MODA FITNESS, ORKUT E VIDA LEVE.


OI! Meio sumida, né?
O Rota esse mês colocou como um dos temas disponíveis o ‘stop the beauty madness’ para falarmos sobre, pois bem, andei pensando e vim falar um pouco sobre isso e outras coisinhas além...
Um dos temas também era o nosso amado e falecido Orkut, então eu estava pensando sobre tudo isso e como o mundo era mais leve há alguns anos atrás.

Pense sobre o Orkut, nas comunidades, nos seus amigos, recados, enfim... Tudo que girava em torno e compare com o Facebook. A rede era bem mais leve, descontraída, sem fitagens e essa necessidade de mostrar tudo que faz. E não era só ele, as pessoas no geral eram assim.

Com o Facebook, Instagram e outras redes sociais que focam mais no EU do que no mundo ao seu redor, eu vejo que essa cobrança do estar sempre bonito, magro, bem sucedido e ser interessante aumentar a cada dia mais.
Veja, por exemplo, esse rolo compressor que virou a história de ‘vida saudável’. Um monte de gente inundando as redes sociais pra falar pro mundo que hoje comeu batata doce com frango e correu X km em X minutos e está radiante de feliz, muito mais que você, pobre sedentário que não está por aí compartilhando suas calorias.
Acho que de tudo que envolve essa loucura pela beleza isso é o mais absurdo. Essa necessidade de mostrar para o universo o quanto é saudável, o quanto malha, o que come enfim... o quanto está sendo melhor que o resto mundo (ou acha que está...). 
O que acho pior, o mais deprimente e absurdo é quando vejo essas moças falando que estão ‘jacando’ (existe expressão mais ridícula?) porque comeram um pedaço de bolo, ou um brigadeiro (nem queira saber o que eu comi...). Aí amanhã tem que cortar tudo, né? Tem que malhar o dobro, tem que tirar o carbo... POR FAVOR, GENTE! ACORDEM!
Esse modelo é lindamente vendido por garotas que recebem a marmitinha light em casa para propagandear, que malham de graça com os melhores treinadores, nas melhores academias apenas para vender esse lifestyle inalcançável para mocinhas tontas e ingênuas que acham que vai ser simples assim ter a mesma vida...

Eu malho, como bem, mantenho uma dieta saudável, mas não com esse objetivo. Eu quero viver bem. Quero manter um corpo SAUDÁVEL, viver com uma qualidade de vida melhor, subir uma escada sem morrer e não ficar doente em cada troca de temperatura. Nos fins de semana, eu saio com meus amigos, como de tudo, bebo, me divirto e NÃO ESTOU NEM AÍ PARA DIETA. Eu não vou ser escrava do meu próprio corpo e nem do frango.
Alias, quando eu to afim como qualquer coisa em qualquer dia, mesmo e foda-se.

O duro é que quando você fala esse tipo de coisa o que ouve? ‘Af que recalcada’. Esse é o novo mantra das pessoas. Qualquer coisa que você diz que vai contra a maré é recalque, não existe mais opinião, não existe mais visões diferentes, só existe o recalque até mais que a zoeira.

‘Não curti esse vestido’ – AF, recalque.
‘Achei que aquele sapato ficou meio nada a ver, né? – AF, recalcada.
É tudo assim, quem está fora dos padrões é um ET, e quem critica é uma recalcada. Fica difícil desse jeito, não?

Eu sei que rolou o desafio da maquiagem por aí e tals, mas resolvi pegar nesse ponto porque acho que hoje em dia a maior loucura pela beleza está nisso.
Várias marcas famosas já estão mudando a ditadura da maquiagem e valorizando mais a beleza natural. O ‘nada’ está na moda agora, a cara limpa e real, mas com o corpo não tem sido a mesma coisa.
Fora que, maquiagem é uma coisa mais fácil de conseguir. Hoje em dia existem várias marcas com qualidade em um preço acessível e tutoriais na internet ensinando a se maquiar a perder de vista... Já a vida saudável nem tanto.

Eu vejo essa valorização do fitness da seguinte forma: como eu disse, maquiagens estão mais acessíveis, assim como as roupas que estão mais no ápice da moda e acessórios. As lojas de departamento trouxeram isso rapidamente e com fácil acesso para as pessoas normais. Até mesmo as grifes mais caras estão mais próximas. Hoje em dia o parcelamento a perder de vista já possibilita que, uma garota de classe média que queria muito, possa comprar uma Louis Vuitton, por exemplo, fora que muitas dessas lojas já estão inclusive no Brasil. Mas então o que vai ser o diferencial? Qual vai ser a nova moda que vai destacar e despertar o ~recalque alheio?

E é aí que eu vejo entrar a onda fit. É um meio de ter algo mais difícil e que dá aquele hype de ‘sou foda’. Não é para todos comer orgânico, tirar o glúten, freqüentar as melhores academias, ter o Mizuno fluo mais caro, as roupinhas grifadas e coloridas e por aí vai... Com essa nova moda abriu-se um mundo totalmente novo e com possibilidades infinitas de fitagem, cocotagem e despertar de recalque.
Você até pode ter sua Gucci parcelada, mas e o corpo sarado, você sustenta?

E é aí que eu vejo a insanidade pela beleza e o pior, por um motivo fútil. Aí todas as ~blogueiras famosas começam dietas e treinos da moda, mil #projetos (AFFF) e enfiam na cabeça de todas as garotinhas que elas precisam ser assim também. Você entra no site do Ego e só vê notícias de ‘famosa X exibe corpão na praia’, ‘famosa Y, de férias, não descuida da boa forma’... E cadê ser feliz? Cadê ser do jeito que quiser e não precisar ter uma barriga negativa para ser alguém ok no mundo?

Para mim esse tem sido o pior ponto da loucura pela beleza e só vejo piorar. Claro que o que estou falando é bastante direcionado. Eu sei muito bem que existem pessoas que levam uma vida regrada, mas com outros objetivos. Eu tenho amigos e colegas que levam a vida fitness muito a sério, mas não pelo hype, entendem? É algo que a pessoa gosta e que trás real satisfação a ela.


Claro que tem quem vá dizer: ‘E como você sabe que não trás satisfação para todos?’. 
Bom, eu jamais terei certeza, mas na minha opinião esse desespero para mostrar a todo momento o que come, o quanto corre e as calorias que perdeu significam outra coisa. Basta você olhar no seu Facebook, Instagram e outras redes quanta gente não adora mostrar seu tênis novo, a foto do painel da esteira, o macacão novo, o almoço light e outras infinitas provas de que está inserido no seleto, nem tanto, grupo de pessoas do ‘no pain, no gain’ e do ‘work hard, play hard’. Olhe bem para elas e me diga: de onde você acha que vem a satisfação? De mostrar para o mundo o que faz ou de realmente fazer?

Eu quero para mim uma vida mais leve, sem ter que ser isso ou aquilo. Sem ter que comer batata doce para ser feliz, por isso apoio o #stopbeautymadness e sou fã de pessoas tipo as meninas do 'Projeto que se foda' no Instagram. Vamos ser mais leves e mais felizes!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A VIDA, O UNIVERSO E TUDO MAIS #1: AS BIBLIOTECAS VÃO MORRER?

OI!
Então, há um tempo atrás eu disse que ia trazer algumas postagens diferentes para o blog, lembram? Entre elas estava essa tag de conteúdo mais pessoal, para eu falar um pouco sobre tudo...

Enfim, o motivo do primeiro post da tag é o seguinte: Eu estava hoje passeando pelo Facebook do ultiminho (curte a página!) e me deparei com um post super bacana da Editora Rocco (eu até compartilhei), mostrando algumas bibliotecas feitas de Lego. Nesse post bacana tinha um comentário de um cara dizendo que achava que sua filha não veria bibliotecas vivas quando crescesse. Na hora falei: 'é aquela velha história de que ninguém mais precisa de bibliotecas, que saco...'. Aí pensando melhor, resolvi vir aqui falar sobre o que penso.

Eu como bibliotecária formada já me deparei diversas vezes com esse assunto e discussão e até hoje minha opinião é a mesma: NÃO, as bibliotecas não vão acabar. Não digo isso apenas porque quero salvar minha pele e estou 'protegendo' minha profissão, digo isso com base no que vejo.

Trabalho em uma biblioteca escolar de um colégio particular. Antes de chegar lá não havia biblioteca alguma, ou seja ninguém tinha onde pegar livros, ou seja, esse hábito era inexistente dentro do colégio.
Montei e organizei sozinha a biblioteca e, com um acervo ainda pequeno e humilde, abrimos para os alunos. 
É claro que não foi de um dia para o outro, mas em poucos meses eu já tinha um público fiel e as perspectivas de aumento eram grandes.

Com o crescimento dos meus leitores a biblioteca cresceu junto. Compramos mais livros, dobramos os títulos mais pedidos e assim foi. Tudo isso para dizer que hoje, dois anos depois, tenho 874 alunos cadastrados e no período de março a junho desse ano 1521 livros foram empresados.
Para uma escola relativamente pequena eu acredito que esse seja um número bom. E pretendo que ele melhore durante o segundo semestre.

Então aí está o que eu quero dizer. Não acredito que as bibliotecas irão morrer, eu vejo procura aqui onde eu trabalho e acredito que, com um bom trabalho de um bibliotecário, sempre vai haver procura.
Sei que os livros estão cada vez mais acessíves ao público em geral. Pela internet é possível comprar os livros 'do momento' e os lançamentos por no máximo trinta reais. Mas veja bem, isso facilita para as bibliotecas também! Esse acesso aberto ajuda o orçamento que antes comprava três livros por R$150,00 a comprar cinco, seis... E assim deixar o acervo cada vez mais atrativo e rico.
Em casa existem os problemas de espaço, de limpeza, acumulação e de dinheiro também, não dá para ter tudo. Agora na biblioteca não, ela é feita para isso! Então se as pessoas sabem que ali irão encontrar o que estão com vontade de ler, tenho certeza que a procura e a atividade só tendem a aumentar.

Sei que as bibliotecas públicas não tem as mesmas possibilidades que uma escolar privada, mas a facilidade do acesso está aí para todos e aumenta cada vez mais, assim, eu acredito em um futuro com bibliotecas lotadas de gente.
Eu faço o que posso para mudar essa visão de 'biblioteca é coisa velha' e vejo meus colegas de profissão fazendo o mesmo. Acredito em um futuro com bibliotecas muito legais e vejo que a cara da profissão está mudando cada vez mais.

Não acredite que as bibliotecas irão acabar, elas estão aí para trazer não só livros, mas experiências, amizades e a possibilidade de descobrir um universo inteiro dentro de um só lugar. 

Aproveitando ainda meu desabafo/relato, para provar que tudo o que digo é verdade tenho recebido vários pedidos para falar mais sobre a minha profissão em um vídeo no canal. Depois de pensar um pouco sobre isso, decidi que SIM! Vou falar sobre a vida bibliotecária. Então mais para o fim do mês esperem por um vídeo falando sobre minha graduação, meu curso e meu trabalho!

Espero que eu tenha conseguido mudar o pensamento daqueles que acreditam que as biblios estão fadadas ao esquecimento com esse textinho e que, de agora em diante, todos digam o quanto uma biblioteca é importante, não que elas são ultrapassadas.




É basicamente isso!

:)